CTGs no Mato Grosso e suas datas de fundação

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CTGs no Mato Grosso e suas datas de fundação

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O Mato Grosso é terceiro maior Estado em extensão territorial do país. Seu território equivale a 10,61% do brasileiro e está dividido em 141 municípios conforme IBGE 2018. 

Atualmente o Movimento Tradicionalista Gaúcho do Mato Grosso está enraizado em mais de 30 cidades, entre elas as cidades polos: Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Tangara da Serra, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste, Nova Mutum e Canarana. 

Com atividades de danças tradicionais do folclore gaúcho, declamação, causo, trova, atividades esportivas e recreativas, atividades que envolvem o cavalo e a lida campeira, além de atividades alternativas trazendo a sociedade mais perto da entidade atualmente o número de associados ligados aos registros dos CTGs somam mais de 5 mil amantes da cultura gaúcha. Esse número é relativamente pequeno se comparado ao número de pessoas adeptas da cultura que participam dos eventos e promoções dos CTGs. Com informações da patronagem, em Sorriso por exemplo, o CTG Recordando os Pagos recebe cerca de 1500 durante a realização de grandes bailes, em Lucas do Rio Verde, nos rodeios oficiais do CTG Sentinela da Tradição, passam pelo parque mais de 5 mil pessoas. 

 De acordo com a direção do MTG, o número de associados participantes de eventos oficiais, como o FEMART e Rodeios Crioulos oficiais, somam mais de 1500 pessoas. Estima-se ainda que a realização de eventos, como rodeios crioulos, feiras, festas tradicionais e outras promoções e recebimento de doações movimentam anualmente, mais de 4 milhões reais, que são revertidos e investidos em estrutura física e na manutenção das atividades culturais, campeiras e esportivas, incluindo a participação em eventos regionais, estaduais e o nacional. Os CTGs são entidades sem fins lucrativos.

Os CTGs filiados ao MTG estão distribuídos em quatro regiões tradicionalistas. A Primeira Região Tradicionalista, por exemplo, compreende os municípios de Diamantino, Cuiabá, Tangara da Serra, Campo Novo dos Parecis, Sapezal, Campos de Júlio e Juína, perfazendo uma abrangência territorial de 78 481,609 quilômetros quadrados. Com estimativas do IBGE 2018, a 1ªRT possui densidade demográfica de 838.048,00 (oitocentos e trinta e oito mil e quarenta e oito) habitantes, ou seja somente nesta região existem entidades tradicionalistas inseridas em meio a 800 mil pessoas, divulgando, difundindo e promovendo a cultura. A diretoria (Patronagem) dos CTGs são em sua totalidade voluntários, eleitos através de assembleia, regidas por regulamentos próprios das entidades, respeitando o estatuto social e regulamento geral do MTG Mato Grosso.

A 1ª Região, possui o primeiro CTG a ser fundado no Mato Grosso, que se tenha registros. O CTG Velha Querência de Cuiabá, possui registros de fundação em 10 de janeiro de 1980, contradizendo a informação popular de que o primeiro CTG a ser fundado no Estado foi o CTG Relembrando os Pagos de Juína, que possui seu registro de fundação em 30 de junho de 1980.

“O trafego de migrantes dentro o território nacional sempre ocorreu, porem foi na década de 170 que se registrou o mais elevado índice de migrações. Neste período, os sulistas caracterizavam o maior número de migrantes. As migrações ocorridas nesta época resultavam o maior número de migrantes. As migrações ocorridas nesta época resultavam de problemas demográficos e climáticos da região Sul do Brasil e do atrativo da fácil obtenção de terras a região Amazônica. O trabalho realizado pelas colonizadoras particulares para habitar a Amazônia Legal, efetivado principalmente através de anúncios propagandísticos, tinha como público-alvo os paranaenses, catarinenses e gaúchos pelo fato de os mesmos se caracterizarem como pessoas ligadas a trabalho e cultivo da terra. Ao contrário da região Sul do Brasil, havia grande facilidade na aquisição de terras no estado do Mato Grosso. Por esse motivo, muitos paranaenses, catarinenses e gaúchos passaram à situação de migrantes após se estabelecerem no estado do Mato Grosso”. (AGNÉIA LUCIANA LOPES DE SIQUEIRA, 2013, p11).

Na composição das informações desta relação, enaltecemos a contribuição da diretora artistica do MTG Mato Grosso, Srª Marcileia Capitânio de Souza.